Fortaleza receberá unidade do ITA; Ceará é campeão de aprovação no instituto

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O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) implantará uma nova unidade em Fortaleza. A academia, que vai funcionar na Base Aérea de Fortaleza, no Bairro Aerolândia, será a segunda do Instituto no País. O Ceará é um campeão de aprovações no ITA. 

Segundo dados do Instituto, mais de um terço dos alunos aprovados no exame são cearenses. De 2012 a 2022, os estudantes de Fortaleza ocuparam 36,7% das vagas da academia. Das 1.478 vagas disponibilizadas no vestibular nesse período, 543 foram de estudantes que se matricularam na capital cearense. Após aprovação, estudantes que vivem no Estado precisam se mudar para São José dos Campos, em São Paulo, onde fica a única unidade do ITA atualmente.

A Força Aérea Brasileira (FAB) ainda não divulgou quando a unidade da capital cearense vai começar a operar e quantas vagas serão disponibilizadas. O edital para o vestibular 2023 do ITA em São José dos Campos estabelece 150 vagas.

O ITA oferece seis especialidades de engenharia: Engenharia Aeronáutica, Engenharia de Computação, Engenharia Eletrônica, Engenharia Civil-Aeronáutica, Engenharia Mecânica-Aeronáutica e Engenharia Aeroespacial. No ano passado, o curso mais concorrido, para candidatos da Ativa e da Reserva, foi Engenharia Aeroespacial. Nessa edição, das 150 vagas disponíveis, 61 foram ocupadas por candidatos que estudaram em Fortaleza.

Além do vestibular do ITA, o Instituto Militar de Engenharia (IME) também possui altos índices de aprovação no Ceará. Segundo a Contabilização do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE), até 2017, o Estado tinha média de aprovação de 30% a cada concurso da instituição realizado.

CEARÁ PRESENTE NA CRIAÇÃO 

Fundado no início de 1950, o Instituto Tecnológico da Aeronáutica foi idealizado pelo cearense Casemiro Montenegro Filho, conhecido como Marechal-do-Ar. Militar brasileiro e engenheiro aeronáutico, Montenegro Filho sonhava em impulsionar a indústria aeronáutica brasileira. Além desse projeto, o cearense também participou da criação do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e, posteriormente, da Embraer, empresa fabricante de aviões brasileira.