O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) anunciou neste domingo (11.dez.2022) que concorrerá à Presidência do Senado em 2023. Em sua conta no Twitter, o congressista disse que a Casa Alta precisa de um líder“independente” e criticou a gestão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) por não dar seguimento a projetos que ajudariam, segundo Girão, na harmonia entre os Poderes.
“Tenho sentido e penso que essa Casa está muito distante dos interesses da sociedade. Não tem nos representado, não de hoje, mas há muito tempo vem engavetando projetos importantes para o país. Como, por exemplo, para que a gente possa voltar a ter harmonia e independência entre os Poderes”, declarou em vídeo.
Entre as propostas apresentadas por Girão estão pedidos de impeachment de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), que só entram em pauta por decisão do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Este, segundo Girão no vídeo postado, é o candidato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Já tem o atual presidente, Rodrigo Pacheco, que é apoiado pelo Lula. Eu acredito que nós tenhamos que ter um caminho independente para que o Senado tenha altivez para cumprir seu importante papel para a nação brasileira”, afirmou.
As chances de eleição do senador do Ceará são baixas, como ele mesmo anuncia na publicação. Pacheco, além de contar com o apoio de Lula, tem boa relação com seus colegas estaria se encaminhando para uma reeleição.
A candidatura de Girão pode ajudar Pacheco. Afinal, mesmo independente, o senador sempre se alinhou mais ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ex-ministro e senador eleito Rogério Marinho (PL-RN) lançou-se candidato na última 4ª feira (7.dez). Com o nome de Girão na disputa, pode haver uma divisão de votos entre os 2 candidatos contrários a Lula.