A decisão de não adotar a mudança de horários foi anunciada nesta quarta-feira (16) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. De acordo com os técnicos da pasta, com a volta do período chuvoso, os reservatórios estariam abastecidos o suficiente para garantir a geração de energia nas hidrelétricas até o final deste ano.
Caso a medida fosse adotada ainda em 2024, haveria pouco tempo para que setores importantes da economia adequassem suas operações. A possibilidade de retomada do horário de verão poderá ser reavaliada, a partir de 2025.
As discussões e estudos sobre essa temática foram retomados a partir da forte estiagem que atinge o país, depois de longos meses sem chuvas em muitos municípios brasileiros, o governo passou a cogitar a volta do horário de verão para aliviar o consumo de energia elétrica nas residências.
Como funciona o horário de verão?
De acordo com os Decretos de números 6.558 de 08 de setembro de 2008, e 9.242 de 15 de dezembro de 2017, que instituem o horário de verão, a medida era aplicada da 0h do primeiro domingo de novembro de cada ano até a 0h do terceiro do domingo do ano seguinte. O horário de Brasília, que é seguido por boa parte do país, era adiantado em 1 hora.
No caso deste ano, o horário de verão só poderia ser implementado este ano em novembro. Isso impediria o aproveitamento do pico de custo-benefício da medida que ocorre entre outubro e meados de dezembro.