O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou, na última terça-feira (26), o recurso dos diretórios nacional e estadual do PDT contra a desfiliação de dez deputados estaduais e quatro suplentes do partido, sem risco de perda de mandato. A decisão foi unânime e seguiu o voto da relatora, ministra Isabel Gallotti, confirmando o parecer favorável do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) aos parlamentares dissidentes.
A desfiliação é mais um reflexo das tensões internas vividas pelo PDT em 2023, quando o senador Cid Gomes tentou reassumir o controle do partido e retomar a aliança com o PT no Ceará. No entanto, a ala de Ciro Gomes e Roberto Cláudio saiu vitoriosa, levando Cid e mais de 40 prefeitos cearenses a deixarem a sigla e se filiarem ao PSB no início de 2024. No caso dos deputados, a troca de partido é mais delicada, pois os mandatos proporcionais pertencem ao partido, exigindo uma decisão judicial.
Entre os beneficiados pela decisão do TSE estão deputados como Antônio Granja, Jeová Mota, Lia Gomes, e Salmito Filho, que agora poderão migrar de partido sem o risco de perder seus mandatos.