Veículos circulando com ar-condicionado quebrado e pneus “carecas”, ambulâncias sem manutenção e sucateadas, momentos em que municípios ficam sem a quantidade de carros necessária. Essas são algumas reclamações de profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) Ceará em relação à frota no Estado.
Em meio a sucateamento de parte dos veículos, o Estado aguarda a substituição de veículos pelo Ministério da Saúde (MS) e a finalização do processo para a alugar 40 ambulâncias.
O Samu Ceará atende 183 municípios do Estado. Apenas na Capital o serviço é municipalizado e realizado pelo Samu Fortaleza.
“Há bastante tempo, o sistema do Samu no Ceará vem sofrendo com falta de investimento e sucateamento”, afirma o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado do Ceará (Sindsaúde Ceará) em nota enviada ao Diário do Nordeste. O resultado, segundo a entidade, é a inconsistência na disponibilidade de ambulâncias nas cidades. “Tem dias que os municípios contam com ambulâncias necessárias e tem dias que não”, aponta.
Segundo fonte ouvida pela reportagem, há município que chegou a passar uma semana sem ambulância. “(Elas estão) sempre sucateadas, porque depois da pandemia muitas viaturas ficaram com problemas, porque a demanda aumentou muito”, relatou outra pessoa.
Outra preocupação levantada pelo Sindsaúde é o impacto dessa falta de veículos para os trabalhadores cooperados, dispensados quando os carros vão para a oficina.
“Os trabalhadores contratados por cooperativas recebem uma escala de trabalho para o mês inteiro, mas, quando uma ambulância quebra e fica na oficina por um período prolongado, os trabalhadores são prejudicados financeiramente e são mandados para casa sem receber seus salários cheios.”
“O Sindsaúde tem denunciado repetidamente essa situação preocupante. Esse sucateamento não apenas está prejudicando o sistema de saúde, mas também os trabalhadores estão à mercê dessas condições precárias”, complementa a nota do sindicato.
Com informações do Diário do Nordeste