O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu início à invasão da Ucrânia, dois dias depois de reconhecer a independência das regiões separatistas de Lugansk e Donetsk, no leste do país vizinho. Na madrugada desta quinta-feira (24), explosões foram ouvidas em diversas cidades do país, inclusive na capital, Kiev.
Em mensagem à imprensa, o consulado da Ucrânia no Brasil afirmou: “Este é um ato de guerra, um ataque à soberania e integridade territorial da Ucrânia, uma grave violação da Carta das Nações Unidas e das normas e princípios fundamentais do direito internacional. A Ucrânia ativou seu direito de autodefesa de acordo com as normas internacionais”.
“A Ucrânia apela à comunidade internacional para que aja imediatamente. Somente passos unidos e decisivos podem parar a agressão de Vladimir Putin contra a Ucrânia. A segurança dos cidadãos ucranianos e de toda a Europa dependem agora de uma resposta conjunta. Está em jogo o futuro da ordem mundial”, finaliza a nota.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky anunciou que impôs a lei marcial no país e pediu que a população permaneça calma.
“Caros cidadãos ucranianos, esta manhã o presidente Putin anunciou uma operação militar especial em Donbas. A Rússia realizou ataques contra nossa infraestrutura militar e nossos guardas de fronteira. Ouviram-se explosões em muitas cidades da Ucrânia. Estamos introduzindo a lei marcial em todo o território do nosso país”, declarou.
O ministro ucraninano de Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, afirmou que Putin ordenou invasão de larga escala. “Cidades pacíficas da Ucrânia estão sob ataque. Esta é uma guerra de agressão”, escreveu.
A reação da comunidade internacional foi imediata. Em declaração divulgada pela Casa Branca na madrugada desta quinta, o presidente americano Joe Biden disse que a “Rússia sozinha é responsável pela morte e destruição que esse ataque vai trazer à toda a humanidade”.
A União Europeia também criticou a ação. Segundo a chefe da Comissão Executiva do bloco, Ursula von der Leyen, a União Europeia responsabilizará Moscou pelo ataque “injustificado” à Ucrânia.
Com informações da Redação