O MPE (Ministério Público Eleitoral) de São Paulo determinou nesta segunda (16) que a PF (Polícia Federal) instaure inquérito para apurar se o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro (União Brasil) e sua mulher, Rosângela Moro, cometeram fraude ao mudarem o domicílio eleitoral do Paraná para São Paulo. Com base no relatório da corporação, o órgão deverá recomendar o prosseguimento ou arquivamento do processo.
A decisão atende a um pedido da empresária e pré-candidata a deputada federal Roberta Luchsinger (PSB-SP), que solicitou no início de abril a abertura de investigação após Moro e Rosângela terem trocado o domicílio eleitoral de Curitiba para a capital paulista. Segundo ela, Moro teria falsificado documentos comprobatórios de residência em São Paulo a fim de concorrer nas eleições deste ano pelo Estado.
“A verdade vencerá. Nossa luta por justiça não será em vão. Sérgio Moro e Rosângela não farão de São Paulo o palco politiqueiro para suas politicagens”, disse Luchsinger sobre a determinação do MPE.
O anúncio da troca de domicílio ocorreu no mesmo dia em que Moro deixou o Podemos, que pretendia lançá-lo como o candidato do partido à Presidência da República, e filiou-se ao União Brasil. Em nota divulgada à época, o ex-ministro da Justiça na gestão de Jair Bolsonaro (PL) disse que mantém “vínculos afetivos, econômicos, sociais e políticos” em São Paulo.
A defesa de Moro, por sua vez, afirma que o ex-juiz mora atualmente num hotel na capital de São Paulo e ressalta que a troca de domicílio eleitoral ocorreu devido aos vínculos criados por ele durante o período de pré-campanha à Presidência da República pelo Podemos. “Filiando-se ao Podemos em novembro de 2021, Moro estabelece São Paulo como sua base política. Passa a residir na capital paulista, no Hotel Intercontinental, cumprindo agendas semanais em São Paulo e valendo-se da cidade como um ponto estratégico de conexão”, pontua a equipe jurídica que representa o ex-magistrado.
Com informações da Redação