Nesta quinta-feira, 21, o prefeito de Pacajus, Bruno Figueiredo (PDT) e seu vice Francisco Fagner (União) foram cassados pela Câmara Municipal por nepotismo. O placar de votação ficou em 10 votos favoráveis e nenhum contrário. A informação é do Ponto Poder.
Após a cassação, os vereadores empossaram o presidente da Casa, vereador Tó da Guimar (União), como prefeito interino da cidade. O parlamentar fica à frente do município até que seja realizada uma eleição indireta para um mandato-tampão.
Tó da Guiomar afirmou após a posse que não deve fazer mudanças “drásticas” na gestão e que funcionários serão mantidos. “Pacajus não vai parar, nenhuma obra vai ser paralisada, quero dizer para os nossos funcionários, tanto efetivo como temporários, que nós não vamos fazer mexidas drásticas, até porque a gente está interinamente. Ainda vai ter uma eleição na Câmara com relação a isso. Quero dar segurança a vocês que o que está acontecendo hoje vai continuar acontecendo, e o que não está vai voltar a acontecer com qualidade”, disse.
Em suas redes sociais, o então prefeito Bruno Figueiredo fez agradecimentos e afirmou que vai recorrer da decisão em todas as instâncias da justiça.
“Estou saindo de cabeça erguida, não fiz nada de errado, fiz tudo dentro da legalidade, tenho como provar isso e vou recorrer na Justiça até as últimas instâncias, mas sabendo também que o processo político é cruel, não comigo, mas com a população que vai sofrer”, declarou.
“Teve gestores muito piores do que eu, fazendo coisas muito piores do que eu, e não foram cassados pela Câmara. Hoje, eu estou sendo cassado por uma denúncia que não diz nada que eu tirei alguma coisa da Prefeitura, eu não dei nenhum prejuízo à Prefeitura. (…) A cassação é porque eu contratei a minha nora, não contratei minha esposa, minha mãe, meus irmãos, primos, nada. Contratei uma nora, que já trabalhava na Prefeitura antes de se relacionar com o meu filho, e contratei uma sobrinha, que é médica, que é o que mais a gente procura é médico”, disse o político.
Cassação
Uma Comissão Processante foi aberta na Câmara Municipal de Pacajus para apurar denúncia de que cargos comissionados da prefeitura estariam sendo utilizados para empregar parentes dos gestores. Uma sobrinha e a nora do prefeito teriam sido nomeadas durante a gestão. Além delas, duas irmãs e um irmão do vice-prefeito também foram contratados para a Prefeitura.