O presidente Jair Bolsonaro apresentou ao Senado Federal, no fim da tarde desta sexta-feira (20), um pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A solicitação chega no mesmo dia em que a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra apoiadores do chefe do executivo, atendendo a uma determinação do membro da mais alta instância do poder judiciário brasileiro.
O pedido foi assinado por Bolsonaro e Bruno Bianco, da AGU (Advogacia-Geral da União), tendo sido protocolado no fim da tarde. O chefe do executivo não incluiu o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e frequente alvo de críticas.
No documento encaminhado ao presidente do Senado, Bolsonaro argumenta que o “Judiciário brasileiro, com fundamento nos princípios constitucionais, tem ocupado um verdadeiro espaço político no cotidiano do País”.
Na sequência, o presidente classifica o Judiciário como um “verdadeiro ator político” e afirma que, “justamente por isso, deve estar pronto para tolerar o julgamento público e a crítica política, ainda que severa e dura”.
Bolsonaro questiona ainda Alexandre de Moraes pela condução do inquérito das fake news — em 4 de agosto, o ministro do STF acolheu o pedido feito pelo TSE e incluiu o presidente da República na investigação para apurar a disseminação de notícias falsas.
“Configura-se crime de responsabilidade praticado pelo Excelentíssimo Senhor ministro Alexandre de Moraes ao impulsionar o processo investigatório com parcialidade, direcionamento, viés antidemocrático e partidário, sendo, ao mesmo tempo, investigador, acusador e julgador”, conclui o presidente.
Com informações da Redação
