A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou, nesta segunda-feira, a Operação ‘Cartão Vermelho 2’, com objetivo de desarticular grupo investigado por crimes de corrupção, malversação/desvio de recursos públicos federais e fraude em procedimento de dispensa de licitação, no contexto do enfrentamento ao coronavírus, em específico no Hospital de Campanha montado no Estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. As obras foram realizadas na gestão do então prefeito Roberto Cláudio (PDT).
De acordo com a PF, são 35 agentes federais e 8 servidores da CGU que cumprem 7 Mandados de Busca e Apreensão, em domicílios de investigados, em Fortaleza e Brasília, com a finalidade de instruir inquérito policial que apura indícios de atuação criminosa de servidores públicos, dirigentes de organização social sediada em São Paulo contratada para gestão do hospital de campanha e empresários.
As investigações, de acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Federal, tiveram início em 2020 e, a partir dos dados coletados na primeira fase da Operação Cartão Vermelho deflagrada em novembro de 2020, foram reforçados indícios de conluio entre os investigados para direcionar escolha de organização social, com pagamentos superfaturados, transações com empresas de fachada, desvio de recursos públicos federais e enriquecimento ilícito dos investigados.
As investigações continuam com análise do material apreendido na operação policial e do fluxo financeiro dos suspeitos. Os investigados poderão responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de fraude à licitação, peculato, ordenação de despesa não autorizada por Lei e organização criminosa, e, se condenados poderão cumprir penas de até 33 anos de reclusão.
A Superintendência da Polícia Federal, no bairro de Fátima, em Fortaleza, dará mais informações sobre essa operação a partir das 11 horas desta segunda-feira.