O pagamento do 13º salário deve ajudar a aquecer a economia cearense nesta reta final de 2022, com a injeção de R$ 6,1 bilhões. O valor será destinado a 2.916.208 trabalhadores do mercado formal com carteira assinada, além de aposentados e pensionistas do Estado e municípios, e representa 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) cearense, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No Ceará, o valor médio do benefício será de R$ 1.963,90. Do total de trabalhadores contemplados, 1.599.071 são do mercado formal e devem receber R$ 4,094 bilhões; 1.572.071 são assalariados do setor público e privado (R$ 4,059 bilhões); e 27 mil empregados domésticos com carteira assinada (R$ 34 milhões).
Do grupo dos aposentados e pensionistas, são 1.317.137 beneficiários que, juntos, devem receber R$ 2,094 bilhões. Há ainda os beneficiários do regime geral do INSS (R$ 1,632 bilhão); regime próprio do Estado (R$ 323,385 milhões); e regime próprio dos municípios (R$ 138,097 milhões).
“É um benefício que sempre chega em boa hora. Para mim é um alívio e serve para pagar algumas contas e ajudar a passar as festas de fim de ano mais tranquilo. Acredito que muitas pessoas também estão esperando essa injeção financeira que, se bem aplicada, vai ajudar a equilibrar o orçamento no final do ano e as contas, já que geralmente é uma época que temos a tendência de gastar mais”, diz o servidor público cearense Gil Carneiro, 28 anos.
Na avaliação da presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Silvana Parente, o pagamento do 13º salário sempre ajuda a movimentar a economia do Brasil, principalmente por meio do consumo. Por outro lado, ela observa que, diante do alto nível de endividamento das famílias no País, o dinheiro precisa ser usado com cautela. “Hoje, 80% das famílias têm dívidas e 30% estão inadimplentes. É importante que as pessoas usem bem esse recurso, principalmente, para quitar dívidas”, afirma, destacando as incertezas econômicas no cenário nacional.