A partir deste sábado (1), os medicamentos comercializados no Brasil terão um aumento. No Ceará, o reajuste autorizado é de até 5,6%. Essa variação já era prevista por especialistas do setor e está relacionada, principalmente, ao ajuste anual do órgão regulador, ao preço dos insumos e alguns outros ajustes no mercado interno.
O anúncio foi realizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão ligado à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), como ocorre anualmente neste período.
Em 12 estados, esse reajuste será ainda maior, pois também será repassado o aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos medicamentos, como forma de do que a amenizar a limitação do tributo estadual incidente sobre combustíveis e energia. Isso não irá acontecer no Ceará.
Maurício Filizola, diretor da Confederação Nacional do Comércio (CNC) e presidente da Rede de Farmácias Santa Branca, explica que o aumento autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) ocorre anualmente, no último dia de março, e começa a vigorar em 1º de abril.
“Na nossa rede de farmácias, para minimizar o impacto para os clientes, fortalecemos nosso estoque, assim nossos remédios não precisarão ser reajustados a curto e médio prazo”, enfatiza. “Outra dica para os consumidores é optar pelos genéricos, de tarja amarela, que por lei já são mais baratos, em torno de35%, do que o medicamento de marca de referência. O reajuste será aplicado sobre todos os medicamentos de prescrição médica que estão sob o controle da CMED”, orienta Maurício Filizola. Apesar da elevação nos preços, o aumento é cerca de metade do que foi feito em 2022, quando o setor teve uma alta de 10,8%.