A revogação da prisão preventiva do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral representa o “enterro” da operação Lava Jato. Essa é a avaliação do especialista em direito penal Maurício Januzzi: “O velório e o enterro formal da operação Lava Jato. Em outras palavra, operação que teve o seu cunho e compromisso de acabar com a corrupção no país, que faz com que, efetivamente e infelizmente, seja sepultada por uma questão de competência da justiça federal, da 13ª vara criminal federal de Curitiba, é solto um indivíduo que, em outros crimes, inclusive daqueles que estavam no foro competente, que é o do Rio de Janeiro, foi condenado e confessou, é réu confesso nos crimes praticados”. Na última sexta-feira, 16, a segunda turma do Supremo Tribunal Federal formou maioria para revogar a última ordem de prisão preventiva contra a Cabral.
O decano da corte, o ministro Gilmar Mendes, foi quem deu o voto que desempatou o julgamento. Cabral havia sido condenado a 400 anos de prisão após confessar o recebimento de propina nos oito anos de mandato como governador do Rio de Janeiro. Ele cumpriu pouco mais de seis anos de prisão.