Inspetores da Polícia Civil do Ceará são demitidos por extorsão; entenda o caso

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Dois inspetores da Polícia Civil do Ceará foram oficialmente demitidos do serviço público neste sábado (09), após despacho assinado pela governadora Izolda Cela. Antônio Eusébio da Silva e Carlos Alberto Coelho Gouveia foram punidos com a sanção máxima administrativa, devido a um crime de extorsão, supostamente cometido em agosto de 2013.

A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Consta no documento que a governadora acolheu sugestão de demissão dada pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD).

O crime teria ocorrido em 6 de setembro de 2013. Na ocasião, os agentes, acompanhados de um homem identificado como Antônio Alves de Brito, apresentaram-se como policiais e renderam Antônio Jacinto Alves Alexandre e Wellington Cândido de Lima Júnior nas casas das próprias vítimas.

Ambos os homens foram levados algemadas pelos policiais ao 19º Distrito Policial (DP), no Bairro Conjunto Esperança, em Fortaleza, para soltura mediante pagamento.

A investigação, conduzida pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário do Ceará (CGD), apontou que diligências prenderam em flagrante os inspetores suspeitos, além de Antônio Alves de Brito, na própria delegacia. A prisão ocorreu no momento em que familiares de Antônio Jacinto chegavam à unidade, portando R$ 3,5 mil para liberação da dupla. Os processados, porém, receberam habeas corpus e foram soltos no dia 19 de setembro de 2013.

Nos autos do processo, a sogra de Wellington relatou ter recebido ligação telefônica de um dos policiais com a exigência do suborno. Já a mulher dele afirmou que o outro preso na ocasião, Antônio Jacinto, fora liberado para conseguir a quantia, enquanto o marido dela seguia preso na unidade.

A defesa dos policiais alegou improcedência das acusações por insuficiência de provas, além de inconsistências nos depoimentos e “incerteza sobre a autoria dos ilícitos”. Os dois agentes também apontaram “vingança e armação” por parte dos dois homens conduzidos, mas não conseguiram demonstrar fato que justificasse o argumento.

Com informações do jornal Diário do Nordeste