O presidente Jair Bolsonaro deve assinar na terça-feira (30) a sua filiação com o Partido Liberal (PL), após resolver divergências sobre apoio às candidaturas de estados do Nordeste e de São Paulo com o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto. Entretanto, o acordo foi costurado com o aval do Presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), na condição de que o partido apoie sua candidatura à reeleição para o comando da Casa em 2023.
A expectativa do PL é de se transformar em uma das maiores bancadas da Câmara após as eleições de 2022. A previsão é de eleger pelo menos 65 deputados, 22 a mais se comparados aos atuais 43 parlamentares do partido nesta legislatura. Neste ensejo, Lira deve agir em favor das pretensões da sigla para conseguir apoio e se manter na Mesa Diretora.
Cabe destacar ainda que o atual presidente da Câmara também se posicionou contra a filiação de Bolsonaro ao Progressistas. Embora seja o principal articulador das pautas governistas na Casa, o deputado analisou que a entrada do presidente ao seu partido poderia atrapalhar seus planos na presidência, caso seus adversários fossem eleitos.
Nesse cenário, Lira poderia convencer seus correligionários a negociar um acordo com a bancada governista para apoiá-lo em seus objetivos. Se Bolsonaro estivesse no PP, a negociação ficaria mais difícil.
Jair Bolsonaro está sem partido desde 2019. Durante este intervalo, o chefe do Executivo já flertou com Patriotas, Republicanos, Progressistas e PL. O PTB também foi cogitado, mas o presidente desistiu após aconselhamento da ala política.
Com informações da Redação