Fiocruz atualiza protocolos sanitários de retorno às aulas em meio a novo aumento de casos de Covid-19

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A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) atualizou nesta sexta-feira (11) as recomendações para a prevenção da Covid-19 no retorno às aulas, acompanhando novos critérios de autoridades sanitárias internacionais e sociedades médicas nacionais diante da variante Ômicron.

As orientações do Grupo de Trabalho de Retorno às Atividades Escolares Presenciais da Fiocruz podem ser consultadas em uma nota técnica que inclui protocolos para temas como isolamento, testagem e suspensão de aulas. O grupo recomenda que o ensino seja preferencialmente presencial.

“Sob forte recomendação de organismos internacionais e de setores do Judiciário, entre outros, recomenda-se que esse retorno seja presencial, uma vez que os prejuízos sociais, emocionais, educacionais, sanitários e econômicos já não permitem a manutenção do modelo remoto como preferencial para o processo de aprendizagem das crianças e adolescentes”, afirma trecho da nota.

O documento contextualiza ainda que autoridades sanitárias dos Estados Unidos e Europa estabeleceram critérios mais curtos para isolamento e quarentena com a chegada da variante Ômicron, e que as Sociedades de Pediatria do Rio de Janeiro e de São Paulo também atualizaram seus protocolos diante da nova cepa.

Neste ensejo, a Fiocruz orienta que, para adultos ou crianças com casos leves ou moderados de Covid-19 são necessários 10 dias de isolamento a contar da data de início dos sintomas. Mesmo assim, o retorno deve estar condicionado à ausência de sintomas, febre ou ainda ao uso de antitérmicos nas últimas 24 horas. Caso outro teste seja realizado no quinto dia e o resultado seja negativo, esse tempo de isolamento pode ser reduzido para sete dias.

Já os casos assintomáticos confirmados precisam de cinco dias de isolamento a contar da data do teste positivo, desde que um novo teste no quinto dia tenha o resultado negativo. Caso o resultado desse novo teste seja positivo, o isolamento se estende para sete dias.

Diante da informação de um caso positivo, os especialistas aconselham que se deve incentivar o rastreamento de contatos e buscar a realização de testes. A suspensão de aulas para uma turma deve ser adotada apenas em último caso e só é recomendada caso haja três ou mais diagnósticos simultâneos confirmados, o que deve ser informado às autoridades sanitárias e acompanhado para o rastreio de casos relacionados. O fechamento da escola deve ocorrer somente em caso de recomendação das autoridades sanitárias locais.

“Ressaltamos que o isolamento social, a adoção do ensino remoto e a descontinuidade na frequência à escola têm sido responsáveis pela ampliação das lacunas de desenvolvimento psicossocial, entre outros problemas já apontados, como a insegurança alimentar e a evasão escolar, motivos pelo qual reforçamos a necessidade de manutenção de aulas presenciais”, defende a Fiocruz.

Com informações da Redação