Diagnósticos de depressão crescem 40% no Brasil entre período pré-pandemia e início de 2022, mostra pesquisa

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A incidência do diagnóstico de depressão cresceu 40% no Brasil entre o período pré-pandemia e o primeiro trimestre de 2022, segundo o levantamento Covitel, realizado pela Vital Strategies, organização global de saúde pública, e pela UFPel (Universidade Federal de Pelotas), divulgado nesta quarta-feira (27).

A pesquisa ouviu 9.004 pessoas de todas as regiões do país com idade entre 18 anos e 65 ou mais — cerca de 58% dos entrevistados eram mulheres. De acordo com a publicação, o percentual de brasileiros que relatavam ter a doença saltou de 9,6% em 2019 para 13,5% no começo deste ano.

O levantamento também indicou maior prevalência dos casos de depressão em mulheres, grupo que registrou um aumento de 39,3% no número de diagnósticos. Além disso, os casos de reincidência da doença foram maiores na região Sul do país.

O estudo destacou ainda que, no período pré-pandemia, a depressão era mais frequente no grupo com idade igual ou maior que 65 anos – cenário que sofreu mudança significativa no primeiro semestre deste ano, quando foi observada prevalência semelhante no número de diagnósticos em quase todas as faixas etárias.

Recentemente, a OMS (Organização Mundial da Saúde) afirmou, em um relatório científico, que a crise da Covid-19 impediu de maneira significativa o acesso aos serviços de saúde mental, o que levou a um aumento global de 25% nos casos de ansiedade e depressão.

Na ocasião, Brandon Gray, diretor do Departamento de Saúde Mental e Uso de Substâncias da OMS, frisou que as dificuldades para responder ao impacto da pandemia na saúde mental foram causadas em grande parte pela falta de investimento constante nos serviços que atendem a essas demandas.

Com informações da Redação