Com uma sequência de semanas sem chuva e a pior seca da história do país, quatro regiões do Ceará devem ter baixos níveis de umidade do ar nesta terça-feira (10). Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), as regiões atingidas são a do Cariri, Centro-Sul, Sertão dos Crateús e parte da Ibiapaba.
Nesta segunda-feira (9), dois municípios ficaram com umidade do ar abaixo de 20%. Jaguaribe(16.0) e Iguatu (19.0).
No âmbito nacional, o Centro-Oeste é a região com pior situação prevista: todos os estados da faixa central devem ter baixa umidade, inclusive parte do Ceará (veja no mapa abaixo).
Além da baixa umidade, o tempo seco contribui também para a má qualidade do ar, com os poluentes se concentrando nas camadas mais baixas da atmosfera.
O acúmulo da poluição com a fumaça vinda das queimadas, principalmente no Norte do país, pode trazer riscos à saúde. Nesse cenário, as principais recomendações do Ministério da Saúde são:
- Aumentar a ingestão de água e líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas.
- Reduzir ao máximo o tempo de exposição, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar-condicionado ou purificadores de ar.
- As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa.
- Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas.
O bloqueio atmosférico, que tem feito com que as temperaturas se mantenham altas em todo o país e o tempo siga seco, é considerado forte e ainda deve demorar para ser quebrado.
Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo, disse que ainda não há expectativa para que a chuva volte a ficar regular no país a curto prazo.
“Nós só vamos começar a pensar nessas pancadas de chuva caindo quase todas as tardes a partir da segunda quinzena de outubro”, prevê.
🌧️Até lá, as chuvas devem se concentrar em pontos isolados da costa leste do Nordeste, no sul do Nordeste, partes do litoral do Sudeste e extremo Norte.
Ela ainda lembra que somente uma chuva volumosa é capaz de dissipar a poluição e a fumaça que têm sido recorrentes no céu brasileiro.