Em uma reviravolta que poderá redefinir o cenário municipal do Ceará, o Supremo Tribunal Federal (STF) está prestes a tomar uma decisão que poderá afetar drasticamente a existência de Poranga, um município situado no coração do estado. Caso a decisão do STF siga adiante, Poranga poderá perder uma parcela impressionante de 40% de seu território, uma mudança que colocaria em risco sua existência como um município independente.
A crise que se abate sobre Poranga reflete um dilema comum enfrentado por muitos municípios pequenos. A incapacidade de se sustentar apenas com sua área urbana coloca essas comunidades em uma situação delicada. Dependendo da área rural para sua produção, criação e projetos de desenvolvimento, a perda dessa porção de território pode ser devastadora.
EM TEMPO
Poranga não é o único município na região a enfrentar essa ameaça iminente. Em Crateús, localizado a 350 km de Fortaleza, a possível perda do distrito de Oiticica está gerando tensões significativas. Essa disputa territorial envolve até mesmo o famoso Cânion do rio Poti, do lado crateuense, tornando a situação ainda mais delicada.
Para solucionar essa disputa, equipes do exército brasileiro já estão realizando a perícia territorial no perímetro urbano contestado, que se estende entre os estados do Ceará e Piauí. A expectativa é de que a perícia seja concluída até o dia 6 de outubro, e a decisão final ficará a cargo do STF.
A população do Ceará está de olho nessa decisão, pois ela poderá ter implicações significativas na distribuição de territórios municipais e na própria identidade de várias cidades da região. Poranga e Crateús enfrentam tempos incertos enquanto aguardam ansiosamente o veredicto do Supremo Tribunal Federal que poderá moldar seu futuro de maneira irrevogável.