O Ceará terá seca em 2024, segundo o presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos, Eduardo Sávio Rodrigues. O anúncio aconteceu durante a 114ª Reunião Ordinária do Conselho de Recursos Hídricos do Ceará. Na oportunidade, Eduardo Sávio Rodrigues, presidente da Funceme, apresentou aos conselheiros presentes os cenários prováveis.
Os gráficos apresentados pelo técnico indicam o aumento na temperatura do oceano, causando o fenômeno conhecido por El Niño. Encontro foi realizado no auditório da Cogerh, em Fortaleza, tendo como principal objetivo discutir o aporte hídrico do Ceará, com a Cogerh, além das perspectivas do El Niño na quadra chuvosa de 2024, com dados da Funceme.
Um estudo feito em novembro deste ano, pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o El Niño vai durar até abril de 2024. A organização afirmou que o fenômeno se desenvolveu rapidamente em 2023 e pode atingir seu pico no primeiro semestre do próximo ano. Caracterizado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, o El Niño acontece com frequência a cada dois a sete anos.
Sua duração média é de doze meses, gerando um impacto direto no aumento da temperatura global. Hoje, o Ceará tem quatro cidades em situação de seca e outros 22 em estiagem, conforme estudo do Ministério do Desenvolvimento Regional. No Ceará, segundo um estudo da Funceme, 11% do território do estado estão em alerta no processo de desertificação. Destaque para a macrorregião do Jaguaribe, Inhamuns e Irauçuba.