O Ceará registrou 81,13% do território com seca relativa, conforme o mais recente levantamento divulgado do Monitor de Secas. Este é o melhor cenário no estado desde o início da série histórica da ferramenta, em julho de 2014. Até então, o mês com cenário mais positivo foi maio de 2020, com 79,18% dentro da categoria. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira (19).
Em abril deste ano, o mais recente índice aponta que houve o recuo da seca fraca no sul, faixa central e nordeste do Estado. Hoje, cerca de 18,87% do território apresenta seca fraca, sendo este percentual concentrado na porção central e a oeste do Estado, onde está situada a macrorregião do Sertão Central e Inhamuns.
De acordo com os pesquisadores responsáveis pelo levantamento, essa significativa redução deve-se, principalmente, aos bons volumes de chuvas registrados desde o começo do ano, sobretudo entre março e abril.
Segundo a Funceme, as precipitações de março ficaram 30,6% acima da média e, no último mês, dentro da normalidade. Considerando a quadra chuvosa, que tem início em fevereiro e segue até maio, os índices encontram-se dentro da normalidade climatológica.
Atualmente, dos 157 reservatórios monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), 100 estão com armazenamento acima dos 30%.
Conforme Bruno Rebouças, diretor de Operações da Cogerh, barragens com índices abaixo dos 30% apresentam “cenário de alerta e atenção para monitoramento”. Neste ensejo, o Ceará possui 36 açudes sangrando e outros 11 estão com volume acima dos 90%, podendo verter nos próximos dias.
Já o Castanhão, maior reservatório para múltiplos usos de água da América Latina, apresenta 22,59% da sua capacidade total, melhor percentual desde 2015. O Orós, segundo maior açude do Estado, se aproxima dos 50%, índice não alcançado desde maio de 2014.
Com informações da Redação