Caso de poliomielite é investigado no Brasil após 33 anos; autoridades negam circulação de vírus

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A secretaria de saúde do Pará investiga um caso suspeito de poliomielite em uma criança de 3 anos. Caso seja confirmado, será a primeira vez em 33 anos que um caso de paralisia infantil é identificado no Brasil. A doença está erradicada no país desde 1989.

O vírus foi identificado em testes feitos com as fezes da criança, que compareceu a uma unidade de saúde apresentando dor de cabeça, febre, dores musculares e redução motora nas pernas – sintomas compatíveis com a poliomielite.

O menino, residente do município de Santo Antônio do Tauá, apresentou os primeiros sintomas em 21 de agosto – 24 horas após ter sido vacinado com a tríplice viral e a VOP (vacina oral poliomielite), segundo informa o comunicado de risco emitido pelo estado. A mãe procurou atendimento médico em 12 de setembro, quando a criança já não ficava mais em pé.

Ainda segundo a Pasta, a criança estava com a carteira de vacinação incompleta, sem o registro das doses da VIP (vacina inativada poliomielite), que pelo protocolo do Ministério da Saúde, deve ser aplicada antes da VOP (vacina oral poliomielite).

“Ao analisar a carteira, a criança possuía duas doses de VOP, o que está em desacordo com as normas do PNI”, informa o comunicado de risco emitido pela secretaria de saúde do Pará.

“Apesar de o vírus ter sido identificado e o paciente apresentar sintomas compatíveis, o caso ainda está em investigação. É preciso ter certeza que o vírus encontrado nas fezes provocou os sintomas apresentados. Desta forma, não estão descartadas outras opções, como o surgimento da síndrome de Guillain-Barré, distúrbio autoimune que pode ser desencadeado após o combate a uma infecção viral, por exemplo”, completou a Pasta.

Com informações da Redação