O plenário da Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) decidiu, nesta terça (17), pela cassação do mandato do ex-deputado estadual e integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) Arthur do Val. Com isso, o político conhecido como “Mamãe Falei” fica inelegível por oito anos. A votação terminou com 73 votos a favor da cassação, nenhum contra, e zero abstenções.
Após a sessão, a defesa do político disse que a decisão “deixa claro que foi promovida uma perseguição” contra o ex-parlamentar, e que o motivo principal seria “retirá-lo da disputa eleitoral deste ano”. Em nota enviada pela assessoria de “Mamãe Falei”, há também um argumento de que a punição foi desproporcional “já que a mesma Casa foi branda em relação a casos muito mais graves, como o do parlamentar Fernando Cury, que apalpou os seios de uma deputada e foi suspenso por apenas seis meses”.
Arthur do Val renunciou ao mandato em abril, no que foi visto por opositores como uma manobra para tentar evitar a continuidade do processo. O ex-parlamentar passou a enfrentar o pedido de cassação após vazamento de áudios com comentários sexistas sobre as mulheres ucranianas.
Antes de abrir mão do cargo, o então deputado estadual chegou a admitir a possibilidade de ser cassado, mas garantiu que iria “cair atirando”.
O único caso de cassação analisado pelo Conselho de Ética ocorreu em 1999, segundo o próprio colegiado. O então deputado Hanna Garib teve seu mandato extinto depois de ser acusado de envolvimento em esquemas de corrupção na administração da cidade de São Paulo.
Com informações da Redação