Entre os 157 açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o volume total acumulado no Ceará está em 40,7% (7,555 bilhões de metros cúbicos). Nos três maiores açudes: o Castanhão tem 25,41% (1,702 bilhão m³); o Orós está com 55,41% (1,075 bilhão m³); e o Banabuiú, com 38,33% (587,97 milhões m³).
Se as chuvas forem insuficientes ao longo de 2024, este volume geral precisará durar todo o próximo ano. A preocupação é principalmente com regiões hidrográficas no Estado que sempre apresentam aportes ruins.
Uma das mais críticas é a Bacia do Banabuiú, com 19 açudes espalhados em 12 municípios do Sertão Central e Vale do Jaguaribe. Entre todos os novembros de 2014 a 2022, os volumes de água armazenados na bacia do Banabuiú foram descritos como “muito crítico” (abaixo de 10%, de 2015 a 2019 mais 2021) ou “crítico” (de 10% a 30%, em 2014, 2020 e 2022).
Pelas chuvas tradicionalmente abaixo da média, a região chega nesta época do ano com as barragens esvaziadas. Neste novembro de 2023, o quadro da bacia é tido como “de alerta” (está com 35,77%), apesar de ser o ano que mais “pegou água” em mais de uma década.
As bacias do Curu (28,76%), do Médio Jaguaribe (24,87%) e dos Sertões de Crateús (21,29%) estão com volumes atuais ainda menores. Os dados são de ontem, extraídos do Portal Hidrológico. Sem chuvas no momento, com época de calor intenso, as perdas são diárias, principalmente pela evaporação.
Com informações do Blog do Manuel Sales