Após dois anos, escolas de samba do Grupo Especial retornam à Sapucaí nesta sexta

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As escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro voltam à Marquês de Sapucaí hoje, após dois anos e dois meses longe da avenida. A pandemia de COVID-19 cancelou os desfiles de 2021 e adiou as apresentações deste ano, originalmente previstas para fevereiro. A partir das 22h, seis agremiações vão pisar na passarela; amanhã, será a vez da outra metade – totalizando 12 escolas que disputam o título.

A responsabilidade de reinaugurar o Grupo Especial fez a Imperatriz Leopoldinense optar por apresentar as histórias de Arlindo Rodrigues, carnavalesco da escola nos anos 1980 — a direção do desfile ficará por conta de Rosa Magalhães. Depois, vem a Mangueira, do badalado carnavalesco Leandro Vieira. A verde e rosa aposta em uma homenagem a três de seus ídolos: o intérprete Jamelão, o compositor Cartola e o mestre-sala Delegado.

O Salgueiro, a terceira escola, deverá chegar à avenida entre a 0h e a 0h20. Famosa pelos versos do samba “Explode, coração”, a escola de cores vermelha e branca optou por um enredo sobre a resistência negra. A Viradouro, quinta na ordem do dia, ousou ao escolher um samba-enredo em formato de carta. O narrador da letra conta à sua amada a alegria por poder sair às ruas para festejar após tempos sombrios. Pouco a pouco, os espectadores vão descobrir que o desfile remete ao carnaval de 1919, o primeiro depois do surto de gripe espanhola.

Já a São Clemente tem o humor e a emoção como trunfos. Sem a estrutura da maioria de suas rivais, a escola do Bairro de Botafogo fará um tributo ao ator Paulo Gustavo, morto no ano passado por causa do coronavírus.

A última apresentação, que pode começar perto das 4h, será da Beija-Flor de Nilópolis. Neguinho da Beija-Flor, intérprete da agremiação azul e branco desde 1975, vai cantar um samba sobre referências da intelectualidade negra, como a escritora Carolina de Jesus.

Com informações da Redação