O secretário Francisco Teixeira, titular da Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará (SRH), disse que o panorama atual dos reservatórios cearenses “ainda não corresponde a uma situação confortável”. A afirmação foi feita em entrevista, nesta segunda-feira, 11, ao jornal O Povo.
Segundo o gestor, o índice necessário para considerar o cenário hídrico seguro é de pelo menos 50% da capacidade total. Ele explica que, com esse quantitativo, é possível garantir água para todos os usos, tanto para abastecimento humano quanto agricultura irrigada.
Como forma de combater o uso descontrolado de água, Teixeira aponta que a pasta implementou medidas para reduzir o volume, especialmente em relação ao agronegócio. “Temos duas exigências para desenvolver a agricultura: usar métodos de alta eficiência para a irrigação e criar culturas que não sejam tão exigentes de água”, pontua o secretário.
Nesta segunda-feira, 11, o volume de toda a rede hídrica cearense monitorada pela Companhia da Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) chegou a 31,9%, de acordo com dados divulgados na plataforma Portal Hidrológico. No início do ano, a porcentagem era de 20,73% da capacidade total, representando ganho de mais de 10 pontos percentuais.
Cabe salientar que o Estado vem recebendo aportes significativos em alguns de seus principais reservatórios. Maior açude do Ceará, o Castanhão está com 17,63% da sua capacidade total, registrando o maior volume desde agosto de 2015 e o maior índice de aporte deste ano. Na sequência, o açude de Orós, localizado no centro-sul cearense, também contabiliza índices expressivos, com acréscimo de 22% para 42% de sua capacidade.
Com informações do jornal O Povo