Com a abertura da janela partidária a partir de hoje, o PP e o PL – duas legendas que integram o chamado bloco do centrão na Câmara dos Deputados -, devem ser as maiores beneficiadas com o ingresso de novos filiados. As informações foram apuradas pela CNN Brasil com líderes de bancadas no Congresso Nacional.
Entre os partidos dos candidatos ao Planalto, o PL é a sigla que mais deve ampliar o número de cadeiras na Câmara dos Deputados. Atualmente, a legenda do presidente Jair Bolsonaro tem 42 deputados em exercício. A estimativa, segundo interlocutores de Valdemar Costa Neto, presidente do partido, é que a bancada alcance a marca de aproximadamente 65 parlamentares até o prazo final, incluindo os parlamentares bolsonaristas da ala ideológica do antigo PSL – e atual União Brasil – como as deputadas Carla Zambelli e Bia Kicis.
Com isso, o União Brasil, que passou a ser a maior sigla da Casa com 78 congressistas, deverá perder alguns filiados e reunir entre 55 e 60 deputados. Neste ensejo, aliados do presidente da República também deverão migrar para o PP (que reúne 43 deputados), sob articulação do ministro da Casa Civil e presidente da legenda, Ciro Nogueira. Este é o caso da ministra da Agricultura, a deputada federal licenciada Tereza Cristina, cuja filiação deverá ocorrer no próximo dia 20 de março. Ela é cotada ainda para ocupar a vaga de vice na chapa de Bolsonaro ou concorrer ao Senado por seu estado, o Mato Grosso do Sul.
O Podemos (com 11 deputados), o PSD (37), o PSDB (31) e o MDB (34), por sua vez, devem manter basicamente o mesmo tamanho, com poucas oscilações. Os partidos ainda discutem formalizar federações e coligações para o pleito deste ano e encontrar um nome em comum para a terceira via em oposição a Bolsonaro e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas.
Já a bancada do PT não deve sofrer grandes alterações e deve permanecer com pouco mais de 50 parlamentares. O mesmo caso não ocorre com o PDT, legenda do pré-candidato Ciro Gomes. A estimativa é que cinco parlamentares deixem de compor o quadro de políticos pedetistas: Marlon Santos (RS), Flávio Nogueira (PI), subtenente Gonzaga (MG), Túlio Gadelha (PE) e Alex Santana (BA).
Com informações da CNN Brasil