Novak Djokovic está definitivamente banido do Aberto da Austrália. Em julgamento final, o júri decidiu que o tenista sérvio ficará com seu visto cancelado e, portanto, impossibilitado de disputar a competição de tênis e buscar o recorde de 21 títulos no Grand Slam. O atual campeão do torneio será deportado e ainda terá que arcar com os custos do julgamento, que durou quase nove horas.
A organização do Australian Open havia agendado a estreia de Djokovic no Grand Slam para segunda-feira, 17, contra o também sérvio Miomir Kecmanovic. O horário do jogo, entretanto, constava como indefinido. A partida só seria confirmada caso o número 1 do mundo tivesse seu visto aprovado novamente.
O primeiro episódio para manter a realização dessa partida em aberto aconteceu na sexta-feira (14), quando o ministro dos Serviços a Imigrantes, Alex Hawke, cancelou de imediato o visto de Novak Djokovic por ele não estar vacinado contra a Covid-19. O tenista, então, entrou com um recurso para permanecer na Austrália a fim de reverter a decisão e conseguir participar do torneio.
Apesar da revogação do visto, a deportação do número 1 do mundo não foi autorizada logo em seguida. O destino do atleta ficou pendente justamente desse julgamento, que ocorreu em Melbourne e foi composto por júri da Corte Federal. Os juízes responsáveis por esse veredicto definitivo foram: James Allsop, Anthony Besanko e David O’Callaghan.
Durante o julgamento, o advogado do governo australiano Stephen Lloyd argumentou que a presença de Novak Djokovic na Austrália poderia influenciar outras pessoas por se tratar de uma celebridade. Na visão de Lloyd, o tenista “com ou sem razão”, está endossando uma visão antivacina.
A defesa do número 1 do mundo, por sua vez, reiterou que Djokovic não fez campanha contra a vacinação apesar de ter se posicionado publicamente contra a obrigatoriedade da vacina contra a Covid. Cabe destacar que a imunização é um requisito para a participação no Aberto da Austrália, mas o tenista conseguiu uma autorização de exceção médica concedida pelos organizadores do Grand Slam por ter sido infectado pelo coronavírus em dezembro.
Com informações da Redação