Pelo menos 30 parlamentares desviaram verbas públicas para compra de tratores e máquinas agrícolas sob suspeitas de superfaturamento. Os nomes dos deputados e senadores por trás das emendas do chamado “tratoraço” vinham sendo mantidos em sigilo graças a um acordo entre o Executivo e lideranças do Congresso para construir uma base de apoio ao presidente Jair Bolsonaro. As informações são da edição deste domingo, 24, do jornal O Estado de São Paulo.
No grupo de 30 deputados e senadores estão o líder do PSL na Câmara, deputados Victor Hugo (GO); o senador Davi Alcolumbre (DEM/AP), ex-presidente do Congresso; e o relator-geral do Orçamento 2020, deputado Domingos Neto (PSD/CE).
De acordo com a reportagem do Estadão, os valores identificados nos convênios referentes ao esquema do “tratoraço” passaram de R$ 6 milhões. Todavia, trata-se apenas de uma parte dos R$ 142 milhões identificados pela CGU em licitações e convênios do Ministério do Desenvolvimento Regional, com recursos do orçamento secreto.
Cabe destacar que, no esquema do orçamento secreto, além de indicar a cidade beneficiada, os políticos receberam o aval do governo Bolsonaro para determinar o que deveria ser comprado e até o valor do produto.
A atual gestão do Executivo federal, por sua vez, tem se recusado a informar sobre compras superfaturadas.
Desta forma, mantém-se o sigilo sobre o tipo de exigência feita pelos 30 parlamentares que indicam compras em convênios.
Com informações do Estado de São Paulo