Legendas avaliam se juntar em federações para fazer frente ao novo União Brasil

0

Duas semanas após o Congresso derrubar o veto presidencial e manter a possibilidade de os partidos se organizarem em federações, algumas das maiores legendas do país iniciam negociações: PP, PL e Republicanos abriram conversas nesse sentido, assim como o MDB com o Avante e o Solidariedade. Os movimentos ocorrem logo após a criação do União Brasil, resultado da fusão entre DEM e PSL, que deverá ser a maior agremiação da Câmara assim que for oficializada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que deve ocorrer no início da 2022. Também há negociações envolvendo Cidadania, Rede e PV, e, na esquerda, do PCdoB com o PSB.

Cabe destacar que, na última semana, o ministro-chefe da Casa Civil e presidente licenciado do PP, Ciro Nogueira, conversou com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ao passo que enviou mensagem ao presidente do Republicanos, Marcos Pereira, sugerindo que as três legendas se unam numa federação, com o objetivo de eleger uma bancada expressiva no Congresso nas eleições de 2022. Segundo o titular da Pasta, a ideia é assinar uma “união estável” entre os três partidos que já compõem a base do governo e normalmente votam juntos em boa parte dos temas, como, por exemplo, em pautas econômicas.

Desta forma, uma eventual junção de PSL, Republicanos e PP consiste em uma tentativa de reequilibrar as forças no Congresso e, com isso, fazer frente ao recém-formado União Brasil. Somados, os três partidos teriam 116 deputados federais (42 do PP, 43 do PL e 31 do Republicanos), e 12 senadores (7 do PP, 4 do PL e um do Republicanos), além de aumentar o tempo de propaganda na TV. O surgimento de uma nova sigla pode ainda abrir caminho para o presidente Jair Bolsonaro ingressar no PP, com o qual tem negociado, para disputar a reeleição em 2022.

Com informações da Redação