A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Crateús reuniu, na noite desta terça-feira (21), no prédio-sede da instituição, donos de postos de combustíveis, o sindicato que representa o segmento e representantes da entidade para discutir o valor que está sendo cobrado nas bombas na hora do consumidor abastecer seus veículos. Na oportunidade, os empresários salientaram o intuito de estudar suas planilhas de custo visando reduzir o preço da gasolina, do álcool e dos seus derivados.
Ao dar início a reunião, o presidente da CDL, José Wagno Mota, destacou a importância do encontro. “Precisamos ouvir os donos dos postos de combustíveis para podermos compreender melhor essas questões de logísticas e sobre o tema da composição dos preços. Temos um dos combustíveis mais caros do Ceará e nós precisamos entender o motivo disso. Vale destacar que o debate sobre o assunto não se restringe somente aos donos das distribuidoras e postos de gasolina, mas também ao governo do Estado, especificamente no que diz respeito ao ICMS cobrado nos combustíveis”, enfatizou o gestor.
Atualmente, o valor do combustível em Crateús é um dos mais onerosos dentre os municípios cearenses. Em determinados estabelecimentos, o litro da gasolina é comercializado por aproximadamente R$ 6,59.
“Um dos componentes que impacta nessa diferença é a alíquota do ICMS, que no Ceará corresponde a quase 51 % do preço de custo e 30% sobre o valor de venda. Desta forma, os valores referentes às alíquotas e custo do frete acabam por inviabilizar a redução no preço do combustível. Nós, enquanto donos de postos, já estamos trabalhando com uma margem quase negativa”; pontuou o empresário Helder Leitão, proprietário de um estabelecimento de venda de combustíveis na cidade.
Neste ensejo, os participantes da audiência pública ressaltaram, ao final do encontro, a necessidade de construir, junto a demais grupos da sociedade, uma mobilização com foco na redução dos impostos cobrados sobre os combustíveis. “Este debate é importante e necessário. Precisamos cobrar das autoridades, haja vista que o consumidor é o principal afetado pelo aumento injustificável destas alíquotas”, conclui José Wagno.
Com informações do repórter Antônio Fontenele