Coligações partidárias poderão ser definitivamente excluídas em votação na CCJ do Senado

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Com o prazo para mudanças nas regras paras eleições de 2022 perto do fim, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal vota na quarta-feira, 22, às 9h, a proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma eleitoral (PEC 28/2021), com incentivos à candidaturas de mulheres e negros. Aprovada em agosto pela Câmara, a iniciativa prevê a volta das coligações proporcionais, mas a CCJ avalia excluir a medida.

Conforme relato de alguns parlamentares, a ideia é promulgar apenas parte da proposta encaminhada ao Senado, o que descartaria eventual retorno da PEC para a Câmara. Entre os trechos aprovados pelos deputados e que foram bem recebidos pelos senadores, está a contagem em dobro dos votos dados a candidatos negros, índios e mulheres para efeito da distribuição dos recursos dos fundos partidário e eleitoral nas eleições de 2022 a 2030.

O texto começou a ser discutido na comissão na quarta-feira, 15, mas um pedido de vista adiou a votação. A relatora, Simone Tebet (MDB-MS), afirmou durante a reunião que  as coligações distorcem a vontade do eleitor, ao eleger candidatos com orientações políticas diferentes daqueles escolhidos, além de aumentarem a fragmentação partidária e dificultarem a governabilidade.

“O eleitor sempre sabe em quem vota; nunca sabe, contudo, a quem seu voto ajudará a eleger. Muitos partidos articulam diversos acordos, num investimento maior, portanto, de tempo e recursos políticos para construir e manter coalizões governamentais. O resultado, no entanto, pode ser descontentamento dos eleitores e perda de legitimidade dos governos”, disse.

Com informações da Redação