Operação cumpre mandados contra grupo suspeito de criar ‘falsa central’ de banco para aplicar golpes

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A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) faz, nesta quinta-feira (21), uma operação para cumprir 95 mandados de prisão e busca e apreensão em quatro estados contra um grupo suspeito de operar uma falsa central bancária para aplicar golpes em clientes. Segundo a PC-GO, os criminosos causaram prejuízo de cerca de R$ 200 mil a 27 vítimas goianas.

O g1 não localizou a defesa dos suspeitos até a última atualização desta reportagem. O nome do banco não foi divulgado.

Ao todo, são cumpridos 58 mandados de busca e apreensão e 37 de prisão em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Recife (PE). A ação é conduzida pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), por meio do Grupo de Repressão a Estelionato e Outras Fraudes (GREF), com apoio das Polícias Civis dos estados envolvidos.

A investigação começou a partir do relato de uma vítima que recebeu uma mensagem de uma suposta central bancária informando sobre uma compra fraudulenta feita com o cartão dela. Os golpistas alegaram que, caso a vítima não reconhecesse a transação, deveria entrar em contato pelo número indicado. Nesse momento, a fraude era consumada.

Como o golpe era aplicado

 

  1. Os golpistas abordavam as vítimas por SMS, e-mail, ligação ou aplicativos de mensagens, alegando que uma compra fraudulenta havia sido identificada em sua conta bancária ou cartão de crédito. Em seguida, orientavam que, caso a compra não fosse reconhecida, a pessoa deveria ligar imediatamente para a suposta central, cujo número “0800” constava na mensagem.
  2. Quando a vítima ligava, era atendida por uma central telefônica que simulava um atendimento bancário real, com direito a músicas de espera e opções de canal de atendimento, semelhantes às dos bancos legítimos.
  3. As vítimas eram convencidas a registrar uma chave PIX para o estorno dos valores da suposta compra fraudulenta. Em alguns casos, também eram instruídas a instalar um aplicativo de acesso remoto. Ao seguirem essas orientações, as vítimas, sem perceber, realizavam transferências via PIX ou concediam aos criminosos controle total sobre seus dispositivos. A partir disso, o grupo subtraía os valores diretamente das contas bancárias.
  4. Somente após a consumação do golpe as vítimas percebiam que foram enganadas.