O mês de março deste ano terminou com 233 milímetros de chuvas, o que representa 22% a menos do que março de 2023, quando as precipitações atingiram 300 mm. Já nos três primeiros meses deste ano, o índice atingiu 523 milímetros, ficando acima da média. Os dados são da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
Em janeiro, choveu 59 mm, bastante abaixo da média, 40% abaixo da normal climatológica. Mas fevereiro chegou com bons indicadores. Foi o melhor fevereiro desde 2007. Com a marca de 230 milímetros, o mês ficou 90% acima da média histórica dos últimos 3 anos.
Segundo a gerente de meteorologia da Funceme, Meiry Sakamoto, apesar das boas chuvas no Ceará, a divisão no território cearense é desigual, o que prejudica o aporte em algumas regiões.
“O que provocou essas precipitações foi a presença da Zona de Convergência Intertropical, a ZCIT, proxima a algumas regiões, principalmente no litoral do Ceará, favorecendo as chuvas”, afirmou Sakamoto.
Com chuvas acima da média nos três primeiros meses do ano ficaram as regiões Litoral Leste, Litoral de Fortaleza, Litoral de Pecém, Maciço de Baturité, Jaguaribana e Sertão Central e Inhamuns. Já no sul cearense – Cariri – e na Ibiapaba, as precipitações ficaram dentro da média.
Olhando para a frente, o mês de abril deve apresentar uma redução no índice de chuvas, ficando abaixo dos 190 milímetros, garante Sakamoto.
“O mês de abril já tem uma redução natural no acumulado de chuvas no estado do Ceará. A normal climatológica em março é de 206 mm; em abril, cai pra 190 mm. As condições permanecem favoráveis para ocorrência de chuvas, mas ainda abaixo de março. Apesar disso, as chuvas tendem a ser mais irregulares”, concluiu.
Em relação aos municípios, Barroquinha, no Litoral Norte, foi a cidade com a maior média de chuvas no mês de março deste ano, com 945 milímetros. Varjota, na região da Ibiapaba, apresentou o menor índice, 45 milímetros.