Em sessão realizada na manhã desta quinta-feira (8) a Câmara de Vereadores de Limoeiro do Norte votou o afastamento da prefeita interina Dilmara Amaral (Republicanos). Sob acusação de direcionamento de licitações e corrupção, os parlamentares votaram em maioria pelo afastamento da gestora, foram 13 votos pela saída temporária da política da chefia do executivo daquele município, ante apenas 1 abstenção. Com isso, quem já assumiu o comando da prefeitura de Limoeiro do Norte foi o presidente da Câmara, Darlyson de Lima Mendes (PSB).
Logo após o fim da votação, a prefeita interina foi às redes sociais e publicou um vídeo abordando o seu afastamento. Ela declarou que estava sendo vítima de um “golpe” e que a população havia reconhecido o trabalho de sua equipe e que aquele não era o desejo dos moradores de Limoeiro.
“Acabei de receber a informação que a Câmara votou meu afastamento como prefeita. Um golpe aplicado pelo nosso Legislativo. Quero dizer do nosso trabalho, 120 dias a frente. A população reconheceu nosso trabalho. Chamo a população para juntos lutar. É um golpe que foi aplicado. Sabemos que não é o desejo da população de Limoeiro”, defendeu-se Dilmara.
Indica-se que a gestora foi acusada de indicar para os cargos de assessoria de contabilidade e de assessoria de licitações pessoas que contavam com experiência para as funções, o que poderia significar o um apontamento tendencioso, contrapondo-se aquilo que é apregoado no âmbito da gestão pública. A denuncia que levou ao afastamento de prefeita também afirma que ela usou “aparelhos estatais para fim de promoção pessoal”.
Chamou atenção o fato de a base de apoio da prefeita ter endossado o seu afastamento, sobre essa questão um dos parlamentares, Cabo Rubem (PL), destacou que as acusações são graves e que para o bom andar da apuração era relevante garantir a não interferência do executivo.
