O bispo de Crateús, Dom Ailton Menegussi, emitiu uma nota a respeito das ameaças que ele e mais 4 padres receberam em Tauá.
Na nota, Dom Ailton explica o motivo pelo qual não participou do encerramento dos festejos de Nossa Senhora do Rosário: “Neste ano, no entanto, ausentei-me, assim como os demais padres citados no pronunciamento, dos festejos de Nossa Senhora do Rosário, em face de ameaças de morte que vimos recebendo desde o final do ano passado. Portanto, há 10 meses.”
Dom Ailton prossegue na nota dizendo que ele e os padres em questão, estão sendo injustiçados indevidamente: “afirmo que temos sido injustamente responsabilizados, por familiares, pela morte trágica (suicídio) de um jovem que esteve conosco por tão somente quatro meses, em nossa Casa Vocacional, em Crateús. O fato ocorreu em sua casa, seis meses depois de ter deixado a Comunidade Vocacional”.
Dom Ailton afirma que toda assistência necessária foi prestada ao jovem: “De nossa parte, temos a consciência de termos feito tudo o que poderíamos fazer para oferecer ao jovem recursos para um processo de integração pessoal. Constatado que o mesmo não estava se sentindo bem no processo e que este caminho lhe era, no momento, mais exigente do que ele poderia responder, decidiu-se pelo desligamento do jovem da Comunidade Vocacional. Mesmo assim, a Diocese de Crateús ofereceu tudo o que foi possível (remédios, psicoterapia, despesa com deslocamento), para que o mesmo continuasse a ser assistido. Em nenhum momento lhe faltou isso.”
Por fim, Dom Ailton diz que repudia certas atitudes falaciosas, baseadas em suposições, advindas de qualquer meio de comunicação.