O Ceará é o estado brasileiro com o nono maior aumento no número de internações por infarto em 14 anos. Número pulou de 1.619 em 2008 para 5.679 em 2022. Um aumento de 250,77%. Dados são de levantamento do Observatório de Saúde Cardiovascular do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) a partir de dados do Sistema de Internação Hospitalar do DataSUS, do Ministério da Saúde.
No Brasil, o acréscimo foi 130,55%, passando de 18.856 para 43.472. De 2017 a 2021, 7.368.654 brasileiros morreram devido a doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte entre homens e mulheres no país, conforme a entidade.
Números abrangem todos os pacientes brasileiros do SUS (em hospitais públicos e hospitais privados que têm convênio com o SUS), o que representa de 70% a 75% do total de pacientes no Brasil.
O infarto é causado quando há uma obstrução das artérias coronárias que irrigam o coração, ou seja, levam sangue oxigenado até ele, explica a médica cardiologista Giselle Barroso, que atua no Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH).
A principal causa da obstrução são placas de gorduras, que formam um coágulo de sangue, que lesionam alguma artéria, mais precisamente o endotélio, que é a parte interna. Dessa forma, o coração deixa de receber o fluxo sanguíneo.
As causas do infarto estão associadas principalmente a “hipertensão arterial não controlada, colesterol alto e diabetes”. “Existem condições que aumentam o risco da artéria obstruir, como obesidade, tabagismo, uso excessivo do álcool, drogas ilícitas, como cocaína, crack, sedentarismo, estresse”, cita.
Para prevenir, ela cita cuidados como “cuidar da alimentação, fazer exercício físico, abandonar tabagismo, ir ao médico regularmente e fazer checkup, prevenir ou controlar a diabetes, controlar a hipertensão, o colesterol e o peso, diminuir o estresse, melhorar a qualidade do sono, diminuir ou retirar o álcool”.