Ceará chega a 51 açudes sangrando; confira situação por bacia hidrográfica

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Açude Ubaldinho, em Cedro, atingiu sua capacidade máxima na última semana. Foto: Marciel Bezerra

O Ceará chegou, nesta segunda-feira, 3, a 51 reservatórios monitorados pelo Estado sangrando, conforme dados do Portal Hidrológico gerido pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). As informações foram levantadas pelo OPINIÃO CE às 10h07. O volume total da recarga nos 157 reservatórios monitorados é de 42,4%, quase 13 pontos percentuais a mais que em igual período do ano passado (29,6%). Na ocasião, o Estado registrava 21 açudes sangrando.

A situação também é mais confortável se consideradas as bacias hidrográficas: todas ganharam aportes em comparação ao mesmo período (3 de abril) de 2022. O Médio Jaguaribe, por exemplo, onde está localizado o Açude Castanhão, maior do Ceará, tem atuais 25,93% de recarga. No último ano, eram 16,23%. Já a Bacia do Banabuiú, que abriga reservatório homônimo (terceiro maior do Ceará), ganhou 19,43% de recarga, saindo de 7,25%, em 2022, para atuais 26,68%. A região sofre com dificuldades de recargas nos últimos anos.

As situações mais confortáveis são das bacias do Litoral (97,37%) e Coreaú (94,46%). Na primeira, apenas um (Santa Maria de Aracatiaçu – 33,95%) dos 10 açudes da bacia não estão sangrando. Na segunda, a maioria (6 de 10) dos reservatórios também já verteram.

  • Acaraú: 84,14% (73,54%)
  • Alto Jaguaribe: 53,89% (40,12%)
  • Baixo Jaguaribe: 81,79% (21,16%)
  • Banabuiú: 26,68% (7,25%)
  • Coreaú: 94,46% (87,67%)
  • Curu: 27,64% (13,06%)
  • Litoral: 97,37% (69,65%)
  • Médio Jaguaribe: 25,93% (16,23%)
  • Metropolitana: 72,55% (55,16%)
  • Salgado: 63,23% (52,29%)
  • Serra da Ibiapaba: 62,16% (50,55%)
  • Sertões de Crateús: 23,26% (19,68%)

As fortes chuvas de março também trouxeram bons aportes aos maiores reservatórios do Ceará. O Castanhão tem atuais 26,27%, melhor volume desde dezembro de 2014, quando marcou 26,32%. O Orós, por sua vez, chegou a 54,98% de abastecimento – melhor situação desde janeiro de 2013. O Banabuiú, terceiro maior e que vive situação mais crítica, não atingia os atuais 26,01% desde novembro de 2013.

Fonte: OPINIÃO CE