O governador do Ceará, Elmano de Freitas (PT), que atualmente está na capital articulando reuniões com lideranças e desdobrando projetos com os seus secretários, ainda tem um impasse para resolver: o apoio do PDT em sua gestão.
Em entrevista ao Diário do Nordeste, Elmano apontou que o que tem ouvido dos deputados estaduais do PDT é que receberá apoio ao seu governo. “Mas nós vamos descobrir isso paulatinamente”, disse.
Importante destacar que a aliança foi rompida quando os pedetistas optaram pelo nome do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, para governo do Estado, e não o de Izolda Cela, que já atuava no cargo.
A ex-governadora pediu desfiliação da legenda e Camilo Santana (PT) lançou o nome de Elmano na disputa. O petista teve vitória no primeiro turno, enquanto que RC ficou em terceiro lugar, atrás do líder da oposição, Capitão Wagner (UB).
Questionado, então, sobre como anda a via de mão dupla exigida pelo prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), o governador apontou que, no primeiro momento, vão sentar para discutir projetos para a capital. Sarto apontou que pode apoiar a gestão petista, caso Elmano faça o mesmo em 2024.
“Se for preciso colaborar para construir o entendimento daquilo que eu considerar importante para população de Fortaleza, estarei absolutamente aberto a fazê-lo”, destacou. “Independente das questões de disputa eleitoral, tem interesses do povo de Fortaleza que são maiores do que isso”, argumentou o governador ao jornal.
Vale lembrar que o ex-prefeito de Quixadá, Ilário Marques (PT), único petista da gestão do prefeito Sarto, anunciou em suas redes sociais a saída do cargo de secretário de Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Prefeitura.
“Gostaria de agradecer publicamente ao prefeito Sarto pela oportunidade de nestes quase 12 meses conduzir como secretário as políticas públicas de direitos humanos e desenvolvimento social da prefeitura de Fortaleza”, escreveu.
A leitura do movimento indica que o caminho dos petistas será o de oposição. O partido está de olho na disputa pela Prefeitura da Capital nas eleições de 2024. Sarto tem defendido que o apoio do PDT ao governo de Elmano precisa ser uma via de mão dupla. Ou seja, o PDT apoia o PT no âmbito estadual e o PT apoia o PDT na Capital. A saída de Ilário indica que o PT não concorda com essa tese.