Na manhã desta sexta-feira, 14, Camilo Santana e o titular da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Dr. Cabeto, visitaram o laboratório da Universidade Estadual do Ceará (Uece) que desenvolve uma vacina cearense contra a Covid-19. Inácio Arruda, titular da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Secitece), reitores e pesquisadores da instituição também estiveram no encontro.
Antes sem investimento externo, Inácio informou na live que recursos do Fundo de Inovação Tecnológica, o FIT, serão destinados à vacina cearense. “Será um passo muito grande e positivo, permitindo que nos relacionamos com instituições como a Fiocruz”, disse. Segundo Camilo, o Estado vem suprindo, inclusive, bolsas que seriam de responsabilidade federais.
A vacina entrará na primeira fase de teste em humanos, caso seja aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “Estamos muito otimistas. É uma esperança”, citou o governador. Camilo relembrou que outras iniciativas relacionadas ao combate da doença foram desenvolvidas no Ceará, como o capacete Elmo.
O pedido à agência reguladora brasileira já foi feito pela instituição pública. Se autorizado, os testes já poderão ser iniciados em breve. Com nome científico de HH-120-Defenser, o imunizante é o primeiro totalmente cearense e vem sendo desenvolvido em parceria com a Universidade Federal do Ceará (UFC).
O antídoto utiliza um coronavírus aviário (IBV) atenuado que é manuseado há décadas na avicultura e não causa infecção em seres humanos. Possivelmente, a vacina deverá ser aplicada via intranasal, por meio de gotas no nariz, em duas doses, com intervalo de 15 dias, e um reforço a cada seis meses.
Na primeira fase, os testes serão realizados com, aproximadamente, 100 pessoas adultas, de 18 a 60 anos de idade, sem comorbidades. Na segunda etapa, será a vez de pessoas acima de 60 anos, com comorbidades. Na terceira, os testes serão aplicados em milhares de pessoas, com perfis diversificados. Todo o processo deve levar cerca de um ano e a finalização depende de investimentos externos.
O laboratório à frente da pesquisa na Uece é liderado pela professora Izabel Florindo Guedes, coordenadora do Ponto Focal Ceará do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia (Renorbio). Também integra o trabalho o docente do mesmo programa na universidade, Mauricio Fraga van Tilburg.
Fonte: O Povo Online