Caminhoneiros fecham rodovias pelo país em protesto contra vitória de Lula

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Após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições, neste domingo (30), caminhoneiros apoiadores do presidente fecharam trechos de estradas no Mato Grosso. Outras lideranças da categoria se organizam para bloquear BRs em Minas Gerais, Bahia, Goiás e no Sul do país.

Os apoiadores do presidente derrotado nas urnas alegaram não aceitar a vitória do candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pediram por uma intervenção militar. “72 horas para o exército tomar conta […] Não tem político nenhum que vai chegar perto de nós e só saímos da rua quando o Exército intervir. É o nosso futuro que está em jogo”, afirmou um dos integrantes do movimento em vídeo publicado na internet.

Alguns caminhoneiros usaram os próprios caminhões para bloquear as vias, outros queimaram pneus. Eles também reivindicam o artigo 142 da Constituição Federal, que estabelece que as Forças Armadas “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem”.

De acordo com os caminhoneiros, eles “só voltarão para casa quando o exército tomar o Brasil”. Alguns integrantes da categoria estão usando as redes sociais para convocar eleitores de Bolsonaro para os protestos e, segundo alguns manifestantes no Twitter, representantes do agronegócio também estão aderindo à paralisação. “Ou lutamos agora ou perderemos o Brasil para o resto da vida”, disse um bolsonarista em vídeo.

RJ

A Via Dutra foi fechada nos dois sentidos por caminhoneiros em um ponto da estrada em Barra Mansa, no interior do Rio, no início da madrugada, horas após a confirmação da vitória de Lula na corrida presidencial.

A via segue totalmente bloqueada nos dois sentidos. A Polícia Rodoviária Federal disse ao G1 ao por volta de 1h que alguns veículos estavam sendo liberados aos poucos. No entanto, o congestionamento aumentou durante a madrugada. Há relatos de motoristas que estão há mais de 5 horas parados.

Às 7h20, havia 15 km de congestionamento no sentido Rio e 7 km no sentido São Paulo, de acordo com a CCR RioSP, concessionária que administra a rodovia.