O Ministério Público do Trabalho no Ceará apresentou um levantamento das denúncias por assédio eleitoral ocorridas nestas eleições. Conforme os dados, foram registradas 19 denúncias de assédio eleitoral contra 17 diferentes empresas no estado até esta segunda-feira (24). A nível nacional, por sua vez, já são 1195 denúncias contra 968 empresas.
Segundo o órgão, a maioria das denúncias consistem em reclamações de trabalhadores e trabalhadoras sobre ameaça de perda de emprego caso não votem no candidato indicado pelo patrão. Entre as empresas denunciadas estão bancos, cooperativas, hospitais, restaurantes, supermercados e prefeituras – quase todas são localizadas na capital e Região Metropolitana de Fortaleza.
Neste ensejo, o procurador-geral de Justiça, Manuel Pinheiro, reforçou o papel do MPCE na investigação e combate aos crimes eleitorais envolvendo trabalhadores e trabalhadoras. “O direito ao voto é garantido pela Constituição e os eleitores devem exercer esse direito com total liberdade, no sigilo, sem qualquer tipo de pressão”, afirmou.
Já o coordenador do Centro de Apoio Operacional Eleitoral (Caopel), Emmanuel Girão, alertou para a proibição do uso do celular na cabina eleitoral. “A resolução do TSE é clara ao proibir que eleitores entrem na cabina com o telefone. É importante que mesários cumpram essa determinação para impedir que os casos de assédio sejam consumados. Muitos patrões exigem a prova do voto para oferecer vantagem ou não cumprir ameaças de demissão”, disse.
Com informações da Redação