Sem sinalizações do Governo, setores estão ‘esperançosos’ sobre ampliação da reabertura

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Na expectativa de reunião do comitê hoje à tarde para deliberação sobre o novo decreto de isolamento social do Governo do Estado, setores de bares e restaurantes, bem como o de academias e o comércio ainda não tiveram sinalizações sobre a reabertura ou ampliação das atividades.

Uma reunião para tratar do assunto está prevista para as 14h desta sexta-feira (23). Ainda não foi confirmado, porém, se o decreto será divulgado hoje ou no sábado (24).

O setor de bares e restaurantes pontua que segue se reunindo com o comitê e apresentando os números da atividade.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Ceará (Abrasel-CE), Taiene Righetto, o faturamento na segunda retomada pós-lockdown caiu 60% em relação à primeira retomada pós-lockdown, ocorrida no ano passado.

“Nós estamos com 60% menos faturamento sobre a própria pandemia. As pessoas não estão saindo para o restaurante mesmo indo trabalhar, elas estão sem dinheiro. A economia estagnou”.

TAIENE RIGHETTO
Presidente da Abrasel-CE

DEMANDAS

“Nós tivemos reunião novamente esta semana, atualizando números do setor. Foi importante mostrar como foram essas primeiras semanas de flexibilização. Abrimos apenas 20% dos restaurantes, para o restante não compensou abrir”, pontua Taiene.

Ele reforça que uma ampliação do funcionamento do setor é urgente e que o pleito foi feito junto ao comitê. “Uma flexibilização nesse próximo decreto um pouco mais para a noite e para o fim de semana é urgente, a gente precisa muito”, diz. “Não temos uma certeza, mas temos uma esperança muito grande”, arremata.

AMPLIAÇÃO DE HORÁRIOS

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará (Fecomércio-CE), Maurício Filizola, também revelou que o setor está esperançoso em relação à ampliação da atividade.

Ao longo desta semana, a entidade reforçou o pleito de uma faixa de horário maior para o funcionamento do comércio e com uma capacidade maior, conforme a proposta enviada antes da reabertura.

“Estamos em diálogo e estamos esperançosos sobre um avanço nos horários e no número de funcionários, mas anda não tivemos sinalização”.

MAURÍCIO FILIZOLA
presidente da Fecomércio-CEApós a regulamentação no Diário Oficial do Município sobre a essencialidade das academias, o setor também tem esperança de que o próximo decreto traga a autorização para que essas atividades sejam retomadas, de acordo com o Sindicato das Empresas de Condicionamento Físico do Ceará (Sindfit-CE).

“Ainda não tivemos retorno do comitê sobre a reabertura”, diz Juliana Sá, presidente do Sindfit-CE. “A reabertura só será possível via decreto estadual, mas estamos muito esperançosos de que isso vai acontecer”, destaca.

O QUE PERMANECE PROIBIDO DE FUNCIONAR

  • Academias
  • Espaços coletivos em condomínios
  • Parques aquáticos
  • Barracas de praia
  • Cinemas
  • Museus e teatros, públicos ou privados

ATIVIDADES LIBERADAS NO CEARÁ

  • Serviços públicos essenciais;
  • Farmácias;
  • Supermercados/congêneres;
  • Indústria;
  • Postos de combustíveis;
  • Hospitais e demais unidades de saúde e de serviços odontológicos e veterinários de emergência;
  • Laboratórios de análises clínicas;
  • Segurança privada;
  • Imprensa, meios de comunicação e telecomunicação em geral;
  • Funerárias

VEJA OS DETALHES DO ÚLTIMO DECRETO

  • O Ceará continua em isolamento social, com toque de recolher todos os dias das 20h às 5h;
  • Comércio de ruas e serviços, como restaurantes*, funcionam das 10h às 16h, com 25% de capacidade de atendimento;
  • Shoppings, incluindo praça de alimentação, funcionam das 12h às 18h, com limitação de 25% da capacidade;
  • Construção civil pode iniciar as atividades a partir das 7h (no decreto anterior, o segmento podia começar atividades às 8h);
  • Isolamento social rígido, o lockdown, está mantido nos fins de semana, funcionando apenas as atividades essenciais;
  • Na educação, o ensino infantil, que estava liberado até os 3 anos, foi ampliado, permitindo atividades presenciais para crianças de 4 e 5 anos, além do 1º e 2º ano do ensino fundamental, com 35% da capacidade;
  • Igrejas estão autorizadas a receber no máximo 10% da sua capacidade e segue valendo recomendação para que celebrações sejam virtuais.

Fonte: Diário do Nordeste