O pré-candidato ao Governo do Estado, Capitão Wagner (União Brasil), concedeu nesta terça (05) uma entrevista exclusiva ao Programa Falando Francamente, da Rádio Poty. Na oportunidade, o político – que atualmente responde pelo comando da sigla no Estado – pontuou que não responderá ao que chamou de “provocações” do grupo governista e disse que acionará a Justiça quando julgar necessário.
Cabe lembrar que Capitão Wagner venceu dois processos contra o pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), por danos morais. Neste ensejo, a Justiça condenou o pedetista a pagar, no total, R$ 40 mil.
O primeiro processo foi promovido pelo candidato do União Brasil após uma entrevista de Gomes, na qual ele afirma que Wagner seria parte de um governo realizado por “uma milícia de bandidos”. Ainda conforme o processo, o outro pedido refere-se a insultos como “canalha” e “miliciano”, proferidos contra Wagner.
“A nossa diferença em relação a eles é que o grupo que está no comando para querer mais impostos, enquanto nós queremos menos impostos. Eles não têm coragem de combater a violência, ao passo que o nosso grupo compra essa briga”, disse ele.
Sobre a possibilidade de formação de alianças com determinadas siglas, Wagner declarou ainda que não vai rejeitar apoios de eleitores que preferem votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Ciro Gomes (PDT) para a presidência da República. Em âmbito nacional, o presidente Jair Bolsonaro (PL) já deixou claro que apoia o ex-capitão da Polícia Militar para o governo estadual.
“Eu não posso rejeitar um apoio de uma pessoa que quer contribuir com o nosso projeto. Se qualquer partido quiser somar conosco para o bem do Estado do Ceará, a gente vai receber”, frisou o ex-capitão que, por sua vez, confirmou a realização de mais seis encontros regionais da União Brasil até o fim do mês de julho.
Questionado sobre a adoção de propostas para melhorar a segurança pública do Ceará, em especial na Região dos Sertões de Crateús – que tem apresentado um aumento no número de ocorrências envolvendo facções criminosas -, Capitão Wagner destacou três medidas como essenciais para combater a criminalidade: dobrar o número de policiais nas ruas do Estado; investimento pesado em inteligência; e plano de ação social nas áreas mais vulneráveis.
Durante sua participação, o pré-candidato ao Palácio da Abolição também comentou acerca da decisão da atual governadora, Izolda Cela (PDT), de reduzir a alíquota do ICMS no Estado para 18%. Segundo ele, a medida representa uma conquista para a população cearense, que será diretamente beneficiada com a iniciativa. “A medida é fundamental para garantir dinheiro no bolso das famílias, movimentando a economia local. Prevaleceu o bom senso, apesar das evidências indicarem uma tomada de decisão com base na pressão popular”, completou.
Com informações do repórter Marcelo Chaves