A Polícia Federal (PF) concluiu o caso envolvendo as execuções do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira, que estavam desaparecidos desde 5 de junho. Os homens acusados de matar as vítimas estão sendo procurados. Tratam-se de novos suspeitos no cenário das investigações. Os corpos também foram encontrados e serão submetidos à perícia.
Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Anderson Torres, confirmou que a PF encontrou restos humanos no local indicado pelos suspeitos. Ainda nesta quarta-feira (15), os responsáveis pelas investigações promoveram uma entrevista coletiva em Manaus, ocasião na qual esclareceram as principais questões sobre o caso.
Ao longo do dia, investigadores da PF colheram novos detalhes sobre a confissão de Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, de 41 anos. O pescador ilegal revelou aos policiais que chegou a ouvir os disparos que tiraram a vida do jornalista inglês Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo Pereira.
No entanto, Pelado negou que tivesse participado diretamente das execuções. “Ele falou que, quando chegou no local, o indigenista e o jornalista já estavam mortos. Logo depois, os corpos foram parcialmente carbonizados. Seu envolvimento mais efetivo teria sido enterrar as vítimas”, afirmou uma fonte da PF ouvida pela publicação.
A motivação da barbárie, de acordo com o órgão, teria sido a pesca ilegal do pirarucu na região. O peixe é uma das carnes mais apreciadas do país, especialmente na Região Norte. A reserva indígena no Vale do Javari seria invadida com frequência por pescadores irregulares. Os criminosos faturariam cerca de R$ 100 por cada quilo do pescado vendido.
Com informações do portal Metrópoles