Dom Ailton Menegussi alerta sobre a realização de celebrações por padre sedevacantista; entenda o que é o movimento contrário à autoridade do Papa

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O Bispo da Diocese de Crateús, Dom Ailton Menegussi, alertou os fiéis presentes à Catedral Senhor do Bonfim neste domingo (05) sobre a existência de um sacerdote ligado ao movimento sedevacantista que estaria organizando celebrações à revelia nos municípios de Nova Russas e Crateús.

Segundo Dom Ailton, o padre – natural da região dos Sertões de Crateús – foi ordenado nos Estados Unidos e, na atualidade, utiliza-se da sua autoridade religiosa para promover missas e demais solenidades a partir dos preceitos ligados ao sedevacantismo.

“Devo orientar aos que pregam a fé cristã enquanto Católicos Apostólicos Romanos sobre as consequências da adesão à referida posição teológica, pois aqueles que passam a seguir as posições deste grupo, automaticamente estão abdicando de participarem dos sacramentos, celebrações e demais ritos comuns ao Catolicismo. Meu dever enquanto líder dessa Diocese é orienta-los, pois não possuo competência legal para proibir esta prática”, disse o Bispo ao final da Missa de Pentecostes.

Entenda o que é o Sedevacantismo

Considerado uma posição teológica dentro do catolicismo tradicionalista, o Sedevacantismo defende que a Santa Sé está vaga e que o Papa é, na realidade, um impostor. O termo “sedevacantismo” é derivado da frase em latim sede vacante, que significa literalmente “cadeira vaga”, sendo a cadeira em questão a cátedra de um bispo. A utilização da frase em um contexto contemporâneo geralmente diz respeito à vacância da Santa Sé nos períodos entre a morte ou a renúncia de um Papa e a eleição de seu legítimo sucessor. Para os sedevacantistas, a Igreja Católica não tem atualmente um papa para a governar e guiar, vivendo, portanto, em um estado permanente de vacância.

Geralmente, os sedevacantistas são católicos que rejeitam as transformações vividas pela Igreja Católica desde o Concílio Vaticano II, considerando que o Papa Pio XII, morto em 1958, foi o último pontífice romano conhecido. Alguns grupos aceitam a legitimidade de seu sucessor, o Papa João XXIII, mas rejeitam Paulo VI e seus sucessores.

Outros, ainda, embora permaneçam críticos severos dos pontífices recentes, reconhecem a legitimidade e a autoridade de todos até Bento XVI, rejeitando, contudo, o seu sucessor Francisco, o qual teria perdido a autoridade pontifícia ao ser o primeiro Papa a cair publicamente em heresia formal.

Com informações do repórter Marcelo Chaves